As unidades de atenção básica da Regional V e uma da Regional III já possuem novos médicos em seus quadros de funcionários. Os 24 profissionais do programa federal Mais Médicos destinados à Capital foram acolhidos na manhã de ontem no bairro Bom Jardim, parte da área prioritária de recebimento desses médicos. A previsão era de a Capital receber 26 profissionais, mas dois desistiram.
Todos os profissionais completarão equipes de Estratégia da Saúde da Família (ESF) em que só falta o médico, permitindo assim um atendimento um pouco mais adequado à população. Os profissionais que atuarão em Fortaleza são todos brasileiros formados em cursos dos estados do Acre, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rondônia, São Paulo, Tocantins, do próprio Ceará e de Cuba.
O local da acolhida, que contou com agentes comunitários de saúde, coordenadores das unidades básicas e gestores da saúde das esferas municipal, estadual e federal, foi a Palhoça do Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim (MSMCBJ), referência para a cidade.
“Vocês vão fazer a diferença na área”, disse a secretária municipal da Saúde, Socorro Martins, aos novos médicos, na acolhida, ressaltando que os profissionais não encontrarão estrutura ideal, mas a responsabilidade é coletiva para enfrentar as dificuldades.
O secretário da Regional V, Júlio Ramon, ressaltou que a área tem muitos desafios por apresentar baixos índices de desenvolvimento, mas disse que as unidades precisam de “gente com vontade de fazer, que goste de gente, pois é preciso humanizar a saúde”.
Fazer a diferença
Um dos médicos que começarão a atuar em Fortaleza é o mineiro Isaías Gomes, que tem 13 anos de formação e já atuou em diversos estados e em municípios do Interior. “A atenção primária é a base de toda a saúde”, reforçou. Já o médico brasiliense Artur Fermon estudou na Universidade Federal do Ceará (UFC) e já trabalhou com saúde da família em várias cidades do Interior, onde viu “situações bem impactantes”. Para Artur, na atenção primária, existem os deveres e os direitos dos médicos, mas, sobretudo, a disposição para atuar.
Rita Maranhão, coordenadora da unidade básica Luiza Távora, no bairro Itaperi, comemorava o recebimento de dois novos médicos. A unidade possui quatro equipes de ESF, duas delas sem profissional médico. Para ela, as equipes completas farão diferença no atendimento à população.
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Investimento na estrutura das unidades básicas de saúde fazem parte das mudanças para um melhor atendimento e começaram com reformas e reorganização do serviço em Fortaleza. Nas relações entre população e sistema de saúde, os agentes comunitários têm papel decisivo.
O POVO
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