- Antes de mais nada, saiba que sou um cão de trabalho e não um bichinho de estimação
 - Meu comportamento e trato são totalmente diferentes dos outros cães e devo ser respeitado em minha dupla função de guia e fiel companheiro de meu dono.
 - Ah! E eu tenho hora e local para fazer minhas necessidades. Sei que durante meu trabalho não posso sair sujando por onde passo…
 - Por favor, não me toque quando eu estiver trabalhando, ou seja, quando eu estiver com a guia. Se fizer isso posso me distrair e jamais devo falhar.
 - Se um cego com cão- guia lhe pedir ajuda, aproxime-se pelo lado direito, de maneira que eu fique à esquerda.
 - Se um cego com cão guia lhe pedir informações, dê indicações claras no sentido em que deve dobrar ou seguir para chegar ao local.
 - Não se antecipe e nem pegue o braço de um cego acompanhado de um cão-guia, sem antes conversar. Muito menos toque na minha guia, pois ela é só para uso do cego que acompanho.
 - Eu, como cão-guia, estou habituado a viajar em aviões, ônibus, carros, acomodado aos pés do meu dono, sem atrapalhar os passageiros, tanto dentro como fora do país.
 - Podemos entrar em cinemas, restaurantes, hospitais… Tudo isso, graças ao forte treinamento que recebemos. Sempre ficamos acomodados aos pés do nosso dono.
 - Não precisa ter medo da gente.
 - Existe uma lei federal 11.126 de 2005 e o decreto nº. 5.904/2006 que obriga o transporte do cão-guia com seus donos.
 
domingo, 18 de março de 2012
Cães-guias ainda são alvo de preconceito
Estima-se que o Brasil tenha 16 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo cerca de 2,6 milhões só na capital paulista. Cães-guias, segundo entidades do setor, são apenas 100.
Você já parou para pensar que além de amigos fiéis, muitos cães exercem uma atividade imprescindível para o bem-estar do dono? Pois é, existe uma categoria muito importante que ainda é pouco conhecida no Brasil, a dos cães-guia.
Hoje já temos cães de assistência a pessoas com diversos tipos de deficiência física (visual, auditiva, motora, locomotora,…), temos cães de assistência para o autismo, diabetes epilepsia e até mesmo cães que têm a função de identificar células cancerígenas em humanos. E muitas outras funções têm sido atribuídas aos cães, como os cães terapeutas, auxiliando sessões de terapias para o tratamento de saúde humana.
Mais que um amigo, o cão-guia devolve a autonomia de ir e vir ao portador de deficiência visual vindo a ser inclusive, uma extensão do seu corpo. O economista e professor universitário Luiz Alberto Melchert, presidente do Instituto Meus Olhos Têm Quatro Patas conta com o auxílio de cães-guias há 37 anos. “Não imagino minha existência sem eles. 70% do que o cão-guia faz é nos trazer para a sociedade, 30% é nos guiar. Tê-los ao lado proporciona um sentimento de dignidade que de nenhuma outra maneira você tem”, explicou ele em entrevista ao Portal IG.
Entretanto, o preconceito a esses amigos é grande. Ao contrário do que foi mostrado na novela América em que o personagem Jatobá (Marcos Frota) e seu cão-guia eram bem-aceitos e transitavam aparentemente sem maiores problemas, na vida real as pessoas cegas e seus cães-guias ainda sofrem com o desconhecimento das pessoas, como mostrado no vídeo da Gazeta Web de Maceió.
Por mais que a lei garanta que o cão guia (só eles, por enquanto) podem ter acesso a TODOS os lugares, eles ainda sofrem por conta do preconceito de algumas pessoas, e seus donos ainda precisam se apoiar na lei e lutar para que seus direitos sejam garantidos.
Direitos assegurados por lei
Talvez o que pouca gente saiba é que existe a Lei Federal nº 11.126, de junho de 2005, que assegura à pessoa com deficiência visual usuária de cão-guia o direito de ingressar e permanecer com o animal nos veículos e nos estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo. Os cães, inclusive, podem ingressar em restaurantes e hospitais.
Desrespeitá-la constitui ato de discriminação com previsão de interdição e multa de R$ 1 mil, mais R$ 1 mil na reincidência. A medida, tenta conscientizar as pessoas que o cão-guia não é um animal comum de estimação, mas sim um importante recurso que permite independência para as pessoas cegas.
Medidas para inclusão de trabalhadores 
O Serviço Social do SESI-SP e o Instituto Meus Olhos Têm Quatro Patas, lançaram em junho último, na sede da Fiesp o Projeto Cão-Guia SESI-SP. A iniciativa beneficiará deficientes visuais que trabalham na indústria paulista. O projeto contempla a criação, treinamento e doação de cães-guias para industriários com deficiência visual, permitindo mobilidade autônoma e segura a esse público, segundo o blog  Pet Care , do Hospital Veterinário de São Paulo que participa ativamente do projeto. Que atitude bacana, não é?
Abaixo, algumas dicas para aprender a se relacionar com um cão-guia.
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