terça-feira, 20 de agosto de 2013

Grupo ´Buchada no Palácio´ protesta contra ´farra do caviar´ no Ceará


Grupo organiza um serviço de buffet popular em frente à sede do governo (Foto: Reprodução/Facebook)


Um grupo intitulado “Buchada no Palácio” protesta contra o contrato do Governo do Ceará que prevê gastos de até R$ 3,4 milhões com serviços de buffet para receber autoridades no estado. O contrato prevê o serviço de pratos finos servidores em bandeja de prata e decoração da área da festa. O protesto organiza um serviço de buffet popular em frente à sede do governo do Ceará.


O grupo se organiza em redes sociais para servir buchada e pratos da culinária popular do Ceará em frente ao Palácio da Abolição, sede do Governo do Estado. A ideia de servir os pratos populares é um ironia à frase do deputado Fernando Hugo (PSDB), que em defesa do governador Cid Gomes (PSB) afirmou que “pessoas internacionais” não podem ser servidas de “buchada”.

“O governador não pode oferecer buchada, panelada, sarrabulho, paçoca somente porque internacionalmente tem pessoas que alimentam-se dentro daquilo ofertado pelo cardápio do buffet” afirmou o deputado em entrevista à TV Verdes Mares.

“Se o governador não pode oferecer buchada, panelada, sarrabulho, tripa de porco e paçoca somente, nós podemos”, responde o grupo Buchada no Palácio no Facebook. Na rede, eles agendam para o sábado (24) um “banho de piscina” no espelho d’água do Palácio da Abolição enquanto são servidos os pratos populares como a buchada.

‘Farra do caviar’
O caso que ficou conhecido com ‘farra do caviar’ foi denunciado pelo deputado de oposição Heitor Férrer (PDT), em discurso na Assembleia Legislativa do Ceará. Heitor reclamou do valor que considerou alto e disse que a verba do contrato seria suficiente para cavar um poço profundo por dia. “O cearense sofre sede e fome, e o Palácio do Governo se banqueteia com lagosta e caviar”, afirmou Heitor Férrer.

Na segunda-feira, o governador Cid Gomes afirmou que iria tirar os pratos de “nome exótico” do cardápio do serviço de buffet, mas não garantiu que isso fosse reduzir o valor do contrato, que prevê gastos de até R$ 3,4 milhões.

“Posso até tirar os pratos exóticos do buffet, aliás, vou fazer isso, se querem demagogia, vou mandar retirar coisas exóticas desse cardápio. Tudo o que for com nome francês, com nome inglês e com nome russo vai sair. Vai ficar só nome em português”, disse Cid Gomes.



Fonte: G1 

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