terça-feira, 10 de abril de 2012

Professores do DF fazem ato e mantêm greve iniciada há 30 dias

protesto professores DF (Foto: Maiara Dornelles/G1DF)
Categoria pede reestruturação salarial e isonomia com outras carreiras.
GDF diz não haver previsão de aumento e que vai cortar ponto de grevistas.


Os professores do Distrito Federal decidiram manter por tempo indeterminado a greve iniciada no dia 12 de março durante assembleia realizada na manhã desta terça-feira (10) na Praça do Buriti.

A diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) Rosilene Corrêa informou que o sindicato não teve como apresentar nada novo para a categoria, por isso foi votado a permanência da greve. "O governo não nos permitiu apresentar nada de novo para os professores. Então, decidimos manter a greve e pedir que a categoria resista", disse.

Após a votação, por volta das 11h40, os professores fecharam o Eixo Monumental no sentido Esplanada/ Memorial JK. Policiais militares fizeram um cordão de isolamento no Palácio do Buriti para evitar possível invasão.

A greve dos professores da rede pública do Distrito Federal completa 30 dias nesta terça-feira (10) sem qualquer avanço nas negociações entre governo e docentes. De acordo com estimativas do Sindicato dos Professores (Sinpro), 70% da categoria está parada.
A Secretaria de Educação estima que 40% dos profissionais não estejam dando aula. Ao todo, o DF tem cerca de 540 mil alunos em 649 escolas.
O GDF declarou que não pretende entrar na Justiça contra a greve, mas promete cortar o a folha de pagamento dos docentes que aderiram ao movimento. Nesta segunda-feira (9), governo e sindicato se reuniram para discutir a pauta de reivindicação dos docentes, mas o encontro terminou sem acordo.

Segundo o secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, o reajuste salarial para qualquer categoria éestá descartado por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal. "Não vamos colocar o governo na ilegalidade e superar os limites permitidos por lei", afirmou Lacerda.

Reivindicações
Os professores pedem reestruturação do plano de carreira com isonomia salarial em relação aos demais cargos de nível superior do GDF e reajuste gradual até 2014. Eles também reivindicam a implantação do plano de saúde e contratação dos profissionais aprovados no último concurso da Secretaria de Educação.

O GDF diz ter reajustado o auxílio-alimentação em 55%, elevando o valor para R$ 307. No DF, um professor apenas com graduação tem remuneração inicial de R$ 3.069,08 por 40 horas semanais, somado o salário-base a gratificações.

Se estiver no regime de dedicação exclusiva, o salário inicial, com as gratificações, é de R$ 4.226,47. Se o professor tiver mestrado, a remuneração sobe para R$ 3.572,60 (R$ 4.923,65 em dedicação exclusiva). Com doutorado, o professor ganha R$ 3.732,27 de salário inicial (R$ 5.144,73 em dedicação exclusiva). Os dados se referem ao início de carreira.

Informações:G1

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