quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Espaço do Leitor: Cara ou Coroa?

O clima de disputa eleitoral que se instala nas
cidades do interior um ano antes da política foi o incentivo para este jovem
saboeirense de mente brilhante escrever esse texto:

Por Thiago Braga
Cara ou Coroa?
DAQUI ATÉ outubro, assunto quente é um só:
eleição. Ia escrever a palavra "política", pensei melhor e escrevi "eleição".
Aparentemente, uma coisa tem a ver com outra, mas acredito que devemos
separá-las. No fundo, é uma coisa só, sobretudo para efeito de mídia e conversas
avulsas.
Eleição é uma coisa, política é (ou pelo menos
deve ser) outra. De política, ninguém pode ficar alienado: ela nos atinge,
queiramos ou não, há até aquela frase: não adianta ser apolítico, não fazer
política já é uma forma concreta de fazer política. Nesse sentido, é um monstro
que nos assola, gostemos ou não do monstro. Todo sabe que a democracia,
políticos e partidos, são um mal abençoado, pois o mundo sem estes elementos era
uma desgraça ainda maior. Eu acredito que há diferenças entre ter uma pessoa
digna ocupando uma cadeira numa câmara municipal em lugar de um sujeito
corrupto. Eu acredito nas diferenças entre as pessoas na medida em que elas
adotam a dignidade ou a corrupção como base de suas vidas (se você não vê essas
diferenças, vá ler outra coisa, por favor, não este artigo). A democracia só é
ruim quando as pessoas mais capazes, inteligentes e sábias não participam dela.
Participar não significa apenas votar, candidatar-se e ocupar um cargo.
Participar da democracia significa oferecer aquilo que você tem de melhor para o
bem do lugar em que vive. Noutras palavras, a democracia é feita todos os dias,
não apenas a cada quatro anos, nas eleições.
Quando escrevo algo, não personalizando
acabamos se assim o entenderem por generalizar, mas é evidente que em todos os
lados nomeadamente na política, no aparelho governativo, nas autarquias, nos
municípios, nos partidos políticos, assim em como todas as classes sociais ou
profissões, há bons e maus, pessoas de palavra e outras nem tanto, como sem
palavra e verme rastejantes, honestos e desonestos, corretos e indelicados, ou
seja, há de tudo um pouco. A democracia apesar de não ser o sistema perfeito, é
o melhor de todos os que conhecemos.
- Antes uma má democracia a uma boa
ditadura
- Antes uma democracia imperfeita a uma
ditadura perfeita
- Antes uma democracia rameira a uma ditadura
presenteia
- A política e os políticos é um mal
necessário.
- Não pretendo políticos perfeitos, mas exijo
políticos atuantes e focados em atender os anseios e carências do município.
Política não é profissão. Política é vocação.
Quem quer ser político, precisa entender que o cargo é do povo. Enfim, Política
é como um jogo, onde de quatro em quatro anos, se joga a moeda e torce para que
dê a cara ou a coroa que ele escolheu. Pode ser qualquer cidadão que se sinta
capaz de exercer o cargo que ele pretende concorrer.

Fonte: por Aécia Leal- Soltando o verbo.

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