segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Agressão contra idosos continua mesmo com estatuto em vigor
Com a redução das taxas de mortalidade e o aumento da longevidade nas últimas décadas do século passado, fez com que o perfil demográfico do Brasil mudasse. Assim, rapidamente, deixamos de ser um país com mais jovens do que idosos, tornando-se uma questão fundamental para as políticas públicas.
Segundo dados do Ministério da Saúde os brasileiros com mais de 60 anos representam 8,6% da população. Esta proporção chegará a 14% em 2025, o que corresponderá a 32 milhões de idosos. “Embora o envelhecimento populacional mude o perfil de adoecimento dos brasileiros, obrigando-nos a dar maior ênfase na prevenção e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, nossa maior atenção precisa se voltar para as políticas que promovam a saúde, que contribuam para a manutenção da autonomia e valorizem as redes de suporte social” afirma Humberto Costa, Ministro da Saúde, na apresentação do Estatuto do Idoso.
Em 1994 o Brasil passou a ter uma Política Nacional do Idoso (Lei 8.842) e apenas cinco anos depois foi editada a Política Nacional de Saúde do Idoso (Portaria MS 1.395/99). Mas somente O Estatuto do Idoso, elaborado com a participação de entidades de defesa dos interesses das pessoas idosas, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo ex-presidente Lula, ampliou em muito a resposta do Estado e da sociedade às necessidades dessas pessoas.
O Estatuto trata dos mais variados aspectos da vida destas pessoas, abrangendo desde direitos fundamentais até o estabelecimento de penas para crimes mais comuns cometidos contra as pessoas idosas, além de concretizar a garantia do cuidado e da atenção integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Denúncias de agressões contra idosos, infelizmente, estão crescendo nos últimos anos. Delegacias especializadas em proteção ao idoso registram cerca de 200 novos casos por mês. O aumento deve-se ao fato de que a população não se cala mais diante de situações de maus tratos e hoje as vítimas podem recorrer a instrumentos de defesa como o Estatuto do Idoso, que pune quem maltrata pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Os principais tipos de maus tratos são as agressões físicas, verbais, o furto e o abandono.
O Dia Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, celebrado dia 15 de junho é importante para lembrar que as ações para prevenir e combater a violência contra os idosos devem ser crescentes e precisam ter o apoio de todos os segmentos da sociedade.
Idoso é agredido em Barra Velha
Na noite de terça-feira, dia 05/04, um homem de 67 anos, proprietário de uma loja, foi agredido durante um assalto em sua casa, no município de Barra Velha.
De acordo com a Polícia Militar, dois homens armados e encapuzados entraram na casa, amarraram o idoso, o agrediram e levaram cerca de R$ 14 mil em dinheiro, R$ 53 mil em cheques e dois celulares. O crime teve início às 21h30min e durou cerca de meia hora. Quando os bandidos saíram, a vítima conseguiu chamar socorro. Com várias lesões e algumas fraturas pelo corpo, ele teve que ser levado ao pronto-atendimento de Barra Velha.
Idosa é agrdida por ladrões em Jaraguá do Sulii.
Uma senhora de 76 anos foi agredida por dois homens, no dia 31/03, em Jaraguá do Sul. A aposentada foi internada no Hospital São José para se recuperar dos ferimentos que sofreu, principalmente na cabeça e nas costas.
A agressão chamou a atenção dos policiais. O tenente da Polícia Militar Antônio Benda da Rocha disse que pela violência usada contra a vítima, ele desconfia que os agressores conheciam a senhora ou estava transtornados por influência de álcool ou drogas. O tenente afirma que foi um ato de covardia.
O caso ocorreu por volta das 8h30min na casa onde a aposentada mora com o filho de 49 anos, no Centro de Jaraguá do Sul. O filho conta que ele havia saído para trabalhar e a mãe ficou em casa. Foi neste período que dois homens teriam pulado o muro e entrado pelos fundos da residência.
“Eles arregaçaram a porta da cozinha e pegaram a minha mãe. Ela disse que assim que a renderam, colocaram panos na boca para que ela não gritasse e depois começaram a agredi-la”, contou o filho.
A casa foi revirada pelos assaltantes. Manchas de sangue marcaram as paredes, cobertas e roupas de cama. Um fio elétrico também teria sido usado para amarrar o pescoço da idosa. “Não sei por que tudo isso. Bateram nela com socos e usaram até uma faca para machucá-la”, lamenta o filho.
A invasão na casa e a agressão contra a aposentada teria durado cerca de uma hora. Antes de irem embora, os ladrões pegaram R$ 4 mil em dinheiro e deixaram a aposentada presa no quarto. Quem ajudou a socorrer a mulher foi uma vizinha que passava em frente a casa quando escutou um pedido de socorro. Ao prestar a atenção de onde vinham os gritos, encontrou a amiga. “Ela estava toda machucada e dizia que iria morrer. Chamei outros vizinhos, que avisaram a polícia. Depois vieram os bombeiros para ajudar”, recorda.
Um parente próximo, que esteve na casa da idosa momentos antes do crime, é apontado como principal suspeito.
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